JEFFERSON WORLD TRIP: março 2016

Finalmente chegou o dia em que eu fui conferir de perto o Museu Cais do Sertão. Escolhi uma data que acabou sendo um dia perfeito, um domingo de sol e com céu claro. Apesar das instalações do museu estarem enfrentando um “probleminha” com o ar-condicionado, não poderia perder a oportunidade de conferir o espetáculo que o museu oferece à seus visitantes.

Muito bem localizado, numa parte revitalizada do Recife Antigo (o prédio do museu funciona onde antes eram armazéns mercantis do porto, serviam para estocagem de açúcar e outros produtos. Estavam até então abandonados e sofrendo ação do tempo e sendo alvo de vândalos). Reformas estruturais foram feitas – muito do original ainda pode ser notado por quem conheceu a área física dos armazéns antes da reforma. Lá dentro há uma verdadeira história sendo contada, uma recriação do Leito do Rio São Francisco no piso com peixinhos alegremente passeado prá lá e prá cá sem preocupação alguma com a presença dos frequentadores. (Os visitantes são alertados logo na entrada pelos monitores sobre a recriação do leito do rio e a atenção deve ser redobrada para evitar acidentes. Mas não é nada que signifique grande obstáculo para crianças ou idosos. Há pontes de vidro e concreto que facilitam a locomoção.)

O serviço do museu é realmente muito bom, funcionários atenciosos, monitores dedicados e uma estrutura de fato muito boa. As obras e peças em exposição mostram o extremo cuidado com a história do homem nordestino como um todo, o foco está sim no cotidiano sertanejo, mas a identidade nordestina está estampada em todos os detalhes. O destaque do museu fica por conta da vida e obra de um dos maiores ícones da vida sofrida, guerreira, determinada e corajosa do homem nordestino/sertanejo. Suas alegrias, vitórias, resistência, sua fé, sua arte, o oficio musical e o trabalho na criação dos rebanhos igualmente resistentes e produção de peças de couro estão presentes com grande riqueza de detalhes.

O Museu Cais do Sertão é mais um equipamento de Cultura, Lazer e História que cerca o quadrante cultural do Novo Recife. É sem dúvida um lugar marcante no portal de entrada da cidade – prá quem chega pelo mar – e prá quem chega de todas as formas e não perde a oportunidade de conhecer tudo aquilo, visto que nos arredores/proximidades do museu encontramos vários pontos de grande interesse turístico e comercial.

A experiência com o Museu Cais do Sertão foi de fato incrível, desde uma volta a infância com as esculturas de latão, uma parada para ouvir repentistas nos totens digitais espalhados por todo o museu, painéis que disponibilizam o acervo da coleção digital, as cabines de projeção – com grande destaque para uma delas localizada logo depois da escada de acesso ao primeiro andar – apreciar a poesia nordestina cantada em verso-, artistas de grande renome local/nacional/internacional interpretando o hino nordestino “Asa Branca” do Luiz Gonzaga foi emocionante, apreciar o trabalho detalhado, delicado e primoroso das Xilogravuras expostas, conhecer a discografia do eterno Rei do Baião Luiz Gonzaga e permitir-se a uma aventura impensada até então e apenas possível no Museu Cais do Sertão, conhecer as cabines de Karaokê Nordestino – cabines onde o visitante pode escolher uma das faixas disponíveis e soltar a voz, mostrar que aprendeu tudo e quem sabe, se aventurar na indústria fonográfica. –

Bem, por estas e outras, o Museu Cais do Sertão consegue ser um lugar único e de grande valor não só para cultura pernambucana mas entra para o seleto grupo patrimonial da cultura nordestina. Um lugar onde se prova, se garante e evidencia o orgulho da vida nordestina.

Confiram as fotos.

Fachada do Museu

Painel Escultura que dá Boas Vindas aos Visitantes.

O Nordeste se encontra e se reconhece aqui.

Recepção do Museu Cais do Sertão.

Acervo Digitalizado e detalhes da carreira de Luiz Gonzaga.

Parte do Acervo Digital sobre a obra e vida de Luiz Gonzaga.

Visão panorâmica do vão do museu.

Painel com objetos que fazem parte da vida sertaneja.

Moldes dos pés para confecção das botas de couro.

Ferramentas do homem sertanejo, usadas na produção

das peças de artesanato, roupas e artefatos em geral.

Balanças dos antigos mercados.

Detalhe dos pesos das balanças dos mercados antigos.

Entrada da Sala dos Espelhos.

Visão da entrada da sala de espelhos.

Visão do Bosque Sagrado e do painel de Xilogravuras.

Mandacaru, escultura localizada no centro do museu.

Close do painel de Xilogravuras.

Um festival de cores e retratos do cotidiano do agreste.

Esculturas latão e os pirulitos. Saudade da infância!

Esculturas de latão.

Telão imenso da sala de projeção - Poesia Cantada -

Chapéu de couro e Sanfona.

Marca Registrada e companhia inseparável da cultura nordestina.

Painel com indumentárias de couro.

Cangaceiro.

Mural com gravuras no corredor do primeiro andar.

No primeiro andar dom museu,

estão as cabines de Karaokê Sertanejo com capacidade para até 4 pessoas.

Discografia do Luiz Gonzaga.

Um dos maiores ícones da cultura nordestina.

Montagem com foto-relatos da vida e cultura nordestina.

Um retrato que ilustra a bravura, coragem e resistência da mulher sertaneja.

Informações Institucionais.

Serviço Blog Jefferson World Trip:

Aqui estão algumas dicas para tornar sua visita ao Museu Cais do Sertão mais agradável:

(Fonte: Folheto de Orientação ao Visitante Museu Cais do Sertão)

É proibido fumar em todas as dependências do museu.

Fotos somente poderão ser realizadas sem flash

Não é permitido filmar nas salas de projeção – os vídeos só podem ser gravados com câmeras de telefones celulares

Não é permitido tocar nos objetos expostos. Ajude a preservá-los.

Mantenha silêncio nas cabines de projeção durante a exibição dos filmes.

A entrada de animais não é permitida, exceto no caso de visitantes acompanhados por um cão guia (Lei 11.126/05)

Acompanhe as crianças e oriente-as a não adotar comportamentos que ponham em risco sua própria integridade física, as instalações e peças do museu.